Como foi dito brevemente no capítulo 1 os diversos hábitos dos numerosos observadores trabalhando num observatório terrestre interagem fortemente com o banco de dados. Em vista da necessidade prática para automatizar o mais possível os procedimentos da atualização constante, a integridade e o desempenho seguro do banco de dados somente serão garantidos atravéz da colaboração dos observadores.
Em um esforço para achar um equilíbrio entre as necessidades do banco de dados do LNA e o desejo de permitir um máximo de liberdade ao observador para executar as observações segundo suas preferências, solicitamos ao observador seguir algumas regras simples. Acredita-se que estas não apresentam restições fortes. Mas são fundamentais para o funcionamento automático do software do banco de dados. No texto seguinte presume-se que o leitor está familiarizado com os procedimentos gerais de observações no OPD, em particular com a rotina de aquisição de dados OPDPIX.
É fundamental que os dados de cada noite sejam gravados num subdiretório do diretório geral de dados (o diretório hdrdir), cujo nome deve ser composto da data do início da noite da seguinte maneira: ``AAmêsDD'', onde ``AA'' são as últimas duas cifras do ano atual, ``mês'' é o nome do mês em Português, abreviado em três letras minúsculas, e ``DD'' é o dia com duas cifras (acrescente um ``0'' se for necessário!).
Exemplos:A estrutura de diretórios dentro do subdiretório noturno é arbitrário. O observador tem toda liberdade para definir subdiretórios segundo seu gosto.99fev02 dia 2 de fevereiro de 1999
99dez31 dia 31 de dezembro de 1999
01jul25 dia 25 de julho de 2001
Dentro da rotina de aquisição OPDPIX define-se o nome dos arquivos de dados pela palavra chave ``IMAGEM''. Solicita-se que arquivos com imagens de bias, escuro ou flat field são nomeados de forma que o nome indica o conteúdo: para imagens do bias, o nome pode ser qualquer coisa como Bias, BIAS ou zero (nota que não importa se letras maiúsculas ou minúsculas são usadas). Para imagens escuras recomenda-se nomes como DARK ou escuro e para os flat fields algo como Flat, FF etc. Para diferenciar pode-se acrescentar mais letras ou números nos nomes (por exemplo DARK3600 ou FFfiltroV). Os arquivos com dados de objetos astronômicos podem ter qualquer nome, desde que o nome não sugira dados de teste ou de lixo.
Exemplos:DARK1800 exposição escuro com tempo de integração de 1800
FlatV exposição do flat field no filtro V
FLATB30 exposição do flat field no filtro B, 30
BiaS exposição do bias
Mais importante do que os nomes dos arquivos é o nome do objeto astronômico, definido pela palavra-chave ``NOME'' na rotina OPDPIX. Solicita-se que o observador tome cuidado de definir nomes que tenham sentido! No caso de exposições do bias, escuro e flat field, o nome do objeto deve ter elementos como mencionados no item anterior. No caso de exposições científicas, é fortemente aconselhado seguir os padrões da IAU para nomear os objetos [veja, por expemplo, A&AS 107, 193 (1994) ou http://vizier.u-strasbg.fr/cgi-bin/Dic]. Nunca deixe de preencher o campo da palavra-chave ``NOME'' no OPDPIX (quer dizer sempre defina um nome para o objeto) e não se esqueça de atualizá-lo quando um outro objeto (ou a lampada de calibração) é observado! Note que o nome do objeto é uma das chaves principais dentro do banco de dados. Caso um arquivo de imagem contenha um nome de objeto errado será extremamente difícil ou impossível preservar para tempos posteriores a informação de qual objeto foi observado, significando efetivamente a perca da observação! Além disso é importante não escrever nada mais do que o nome do objeto no campo associado com a palavra chave ``NOME'' porque DaBIAS realiza uma busca no SIMBAD para identificar outros nomes do mesmo objeto. Evidentemente, o SIMBAD não conhece um objeto chamado, por exemplo, ``Padrao HR9087'', mas retornará muitos nomes diferentes para o objeto ``HR 9087''. Caso o observador considere importante indicar que a estrela HR 9087 é uma estrela padrão poderá usar a palavra chave ``ADDINF'' do OPDPIX que foi introduzido para tais informações adicionais sobre a exposição. Lembre que DaBIAS não distingue letras maiúsculas e minúsculas, e também ignora espaços nos nomes. Por exemplo, o nome ``SS Cyg'' é equivalente a ``sscYG''.
Exemplos:
Sirius nome individual
eta Carinae nomenclatura seguindo Beyer
V3885 Sgr nome de uma estrela variavel segundo o GCVS
RX J1238-38 fonte de raios-x ROSAT, identificado
pelas coordenadas equatorias
Os nomes dos observadores são definidos nos parâmetros "fixos" da rotina OPDPIX. Para garantir que um determinado observador poderá ser identificado unequivocadamente mesmo após muitos anos, deve-se observar algumas regras para definir os nomes:
Fernando Henrique Cardoso
Fernando H. Cardoso
F. Henrique Cardoso
F.H. Cardoso