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A estrutura do banco de dados do LNA

Em vista das considerações acima mencionadas fica obvio que algumas limitações devem ser impostas sobre qualquer arquivo de dados estabelecido num observatório tal como o LNA. O número de diferentes telescópios e instrumentos, o modo clássico de observações com uma grande variedade de observadores com preferências individuais para procedimentos observacionais e estratégias para calibrações, e os limitados recursos humanos e financeiros torne o estabelecimento de um arquivo com dados calibrados completamente inviável. Portanto, desde o início uma estratégia mais modesta foi perseguida no LNA.

Historicamente o arquivo de dados observacionais do LNA foi iniciado em 1992, logo depois da introdução dos primeiros detectores CCD no Observatório do Pico dos Dias (OPD). Naturalmente, isso não é acidental. O formato comum digital (FITS) das imagens CCD torna este dados não somente convenientes para os astrônomos levarem para casa, mas também para armazenagem central de uma cópia dos dados. Portanto, logo após a introdução dos CCD no OPD todos os dados obtidos com as diferentes câmaras foram copiadas rotinamente em fitas magnéticas (EXABYTE) para permanecer como cópia de segurança (``backup'') no observatório. Ao longo do tempo uma coleção grande de fitas com dados obtidos nos telescópios do OPD durante uma década foi acumulado desta maneira. Esta coleção apresenta o arquivo de dados do LNA.

Todavia, para transformar uma mera coleção de dados em um banco de dados útil, precisa-se tornar a informação sobre o conteúdo dos dados disponível de uma maneira praticável. Por expemplo, não basta saber que em algum lugar na coleção de dados se encontram observações de um determinada estrela. É igualmente importante saber onde estão estes dados, quais eram os instrumentos usados para observar a estrela, quais eram os detalhes das observações, etc. Este passo foi realizado em 1999, quando o Conselho Técnico e Científico do LNA autorizou o estabelecimento de um sistema (pela maior parte automático) chamado DaBIAS (Data Bank Information Aquisition System) que põe todas as informações necessárias sobre as observações realizadas no OPD na internet, executa atualizações diariamente, e contém ferramentas para efeituar buscas na base de dados.

Apesar do fato de que de um ponto de vista conceitual seria desejável estabelecer uma ligação direta entre DaBIAS e a própria coleção de dados no sentido que um usuário pode acessar os dados observacionais via internet usando DaBIAS, isto não é viável porque necessitaria a disponibilidade do todos os dados ``on-line''. Em vista da quantidade de dados colecionados desde 1992 isso significaria um esforço técnico e financeiro injustificável. Portanto a separação organizacional entre as duas partes, que em total apresentam o banco de dados observacionais do LNA, é mantida.



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Albert Bruch 2001-10-16